Com base nos resultados obtidos, onde sobressai o elevado potencial de Moçambique, estabelecem-se os primeiros contactos e efectua-se uma proposta de representação da marca a uma empresa local, comercializadora de equipamentos de panificação. Contudo, o crescimento constatado para o mercado de panificação e pastelaria Moçambicanos, não foi pela referida empresa entendido como possível, e neste contexto, declina o convite à parceria.

Apesar desta recusa e das razões apontadas, a Ferneto decide estabelecer-se diretamente no país e cria a 18 de Junho de 1998 a "Ferneto Moçambique, Lda", na Beira.

No seguimento desta decisão, a empresa reúne as condições e os recursos necessários para que o desenvolvimento do projeto de internacionalização em Moçambique, seja executado de forma consolidada e coerente com a estratégia global da empresa mãe em Portugal.

Assim, a Ferneto decide participar na feira FACIM (Feira Internacional de Maputo), uma feira multissectorial de elevado destaque no país que congrega anualmente mais de 900 expositores.
Esta ação estratégica permitiu à empresa recolher dados e informações fundamentais ao entendimento das necessidades do sector, da realidade cultural do país e da forma de agir e de ser do cidadão moçambicano, enquanto consumidor final de produtos de panificação e pastelaria. Este rol de informações empíricas e seu cruzamento possibilitaram  a  formulação de um posicionamento adequado ao mercado, com clara maximização das mais-valias detidas, mas sempre devidamente enquadrado na linha estratégica globalmente definida para o grupo Ferneto.

Foram efetuados, ainda, alguns ajustes à forma de aproximação ao mercado, conseguindo-se apenas em Janeiro de 1999 um arranque sólido. Foi neste processo, imprescindível a colaboração direta de um dos sócios fundadores da Ferneto "portuguesa", Carlos Neto.

O rápido crescimento da empresa, potenciado pela diferente abordagem do mercado, onde a atitude pró-ativa, a relação humana e a preocupação constante com a criação de riqueza para os seus clientes, permite que a estrutura se alargue a Maputo, com a criação de uma delegação comercial. Nesta fase, a empresa reforça a sua equipa com mais colaboradores locais, formando-os e instruindo-os, para que os serviços de acompanhamento técnico pudessem por eles vir a ser assumidos no curto/médio prazo.

Em 2003, a empresa deslocaliza a sua sede para a capital e inicia a construção de um novo armazém na Beira. Neste período, a responsabilidade da área técnica já é assumida por colaboradores locais. Passado um ano, a empresa adquire um novo armazém na capital Maputo.

Com a conquista de novos negócios, a obtenção de parcerias válidas e a consequente fidelização de clientes em todo o país, a empresa assume-se cada vez mais como um elemento de relevo no mercado da panificação e pastelaria Moçambicanos, atingindo a liderança destacada do mercado com mais de 1.000.000 de Euros faturados.

Nesta fase, muitos dos componentes são já produzidos em Moçambique, com recurso a mão-de-obra local, as montagens dos equipamentos e fornos assegurados igualmente por locais, resultado de uma crescente qualificação dos recursos humanos detidos. A consequente melhoria na qualidade de vida de todos é, sem dúvida, uma das maiores vitórias da Ferneto em Moçambique!

Em Fevereiro de 2010, é construída e inaugurada a segunda nave em Maputo, uma segunda nave industrial.  É ainda decidido em Assembleia-Geral a dinamização do pavilhão da Beira, c/ reforços na equipa comercial da zona centro e norte do Pais.

Fruto de um trabalho determinado e consistente, aliado a uma estratégia de longo prazo, respeitadora dos princípios basilares da Ferneto, bem como, dos clientes, colaboradores e parceiros, enquadrados na cultura local, a Ferneto destaca-se como claro caso de sucesso no mercado moçambicano.